É tempo

Observá-lo se esvaindo...
Indo embora, se perdendo.
O meu tempo, o seu tempo, o nosso Tempo indo,
Se escoando, fluindo,
Inexoravelmente de nós fugindo, sem perdão !
Tal qual uma tocata, ou melhor ainda, como uma doce cantata,
Ressoando histórias de amor, e também de dor,
Deixando seu tênue rastro de som levemente espargido nas estrelas ...
Mais especialmente em uma, amorosa,
Aparentemente pequenininha mas de luz tão poderosa,
Que percorre o infinito espaço há milhões de eras ...
Iluminando tanto a nós quanto às bestas- feras ...
Nós, ínfimos astros desgarrados,
E a tantos outros, como nós, desgovernados !
Enfim nada mais a resolver pois que para mim ...
É hora de medir o Tempo,
O tempo que sobra,
Pra refazer a obra,
Se refazer no Templo,
Com o tempo que sobra !
( "SÍNTESE de um POEMA do ReiAnum de 15 ANOS ATRÁS" )